Por trás dos dados do Detran: homens têm 4 vezes mais chances de morrer no trânsito do que mulheres.

O Detran-SP revelou recentemente que os homens têm quatro vezes mais chances de morrer no trânsito paulista do que as mulheres. Vamos examinar essa situação e suas possíveis causas.

Homens em Maior Risco no Trânsito

O Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo (Detran-SP) divulgou dados esta semana mostrando que os homens têm uma taxa de mortalidade quatro vezes maior do que as mulheres nas vias públicas.

Analisando o comportamento dos condutores em São Paulo em 2023, foi constatado que 82% das fatalidades no trânsito envolveram homens, enquanto as mulheres correspondem a 17% dos casos. Essas informações foram extraídas do Infosiga, o Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado.

Acidentes Fatais em São Paulo

Os dados fornecidos pelo Detran-SP sobre acidentes de trânsito por gênero revelaram que os homens estão majoritariamente envolvidos em sinistros fatais. Em 2023, foram registrados 5.427 acidentes fatais em todas as modalidades, resultando em 4.450 mortes de homens e 922 mortes de mulheres.

Essa tendência se repetiu em anos anteriores, com um padrão semelhante de homens representando a grande maioria das vítimas. A análise mensal também mostrou que em janeiro deste ano, 82,8% dos óbitos no trânsito foram homens, enquanto as mulheres representaram 16,7%.

Fatalidades Envolvendo Ocupantes

Além dos condutores, o Detran-SP também destacou as mortes de ocupantes de veículos. Em 2023, as estatísticas apontam que 25,6% das vítimas foram mulheres, em contraste com 74,1% de mortes de homens.

Análise da Situação

Após revisar os dados sobre as mortes no trânsito paulista, uma conclusão é clara: os homens estão mais vulneráveis nas vias públicas do estado. Isso pode ser atribuído a um maior número de homens em comparação com as mulheres como condutores em São Paulo, onde há 3,8 milhões de motoristas do sexo masculino em contraste com 2,5 milhões de motoristas do sexo feminino.

Entretanto, a disparidade de gênero não explica completamente a alta incidência de fatalidades entre os homens. Observando a taxa de envolvimento masculino em acidentes fatais de 82%, surge a questão do comportamento no trânsito, sugerindo que as mulheres talvez adotem uma abordagem mais responsável ao dirigir.

Lembramos que a segurança no trânsito é responsabilidade de todos os condutores, independentemente do gênero. Juntos, podemos trabalhar para reduzir o número de mortes nas vias públicas e garantir um ambiente mais seguro para todos.

Gervásio HenriqueJornalista especializado no setor automotivo, contribuindo como redator para o portal DetranBR.org do Grupo Gridmidia.

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